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Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade inicia sua atuação em diálogo com diferentes interlocutores e propondo construção participativa da política institucional para a área

No início deste ano, a nomeação de Maria Waldenez de Oliveira, docente do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSCar, como gestora da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (Saade), marcou o início formal da atuação da Secretaria, que pode ser descrita a partir de quatro frentes: a organização da infraestrutura e da equipe; a implantação do modelo de gestão; o encaminhamento de ações a partir das primeiras demandas já apresentadas à unidade; e a proposta e concretização de um processo de construção participativa da política institucional para a área. É importante destacar que a criação da Saade responde a demandas da comunidade universitária e, também, está inserida no contexto de um processo histórico de compromisso institucional com a democratização da Educação Superior que envolve um grande número de pessoas.

A Saade foi provisoriamente instalada no edifício que abrigava anteriormente a Divisão de Gestão e Registro Acadêmico (DiGRA), na área Norte do Campus São Carlos, atrás da Biblioteca Comunitária, onde está instalado o Núcleo Incluir de Acessibilidade da UFSCar. Um edifício na área Sul está sendo reformado para ser sua sede definitiva. Já a equipe administrativa da Secretaria é composta, além da Secretária, pelos servidores Sandro Luiz Montanheiro Francischini e Djalma Ribeiro Junior, sendo o último compartilhado com o Departamento de Artes e Comunicação, e pelo estagiário Iberê Araújo da Conceição, estudante do curso de Ciências Sociais. “Sandro tem baixa visão e é militante pelos direitos da pessoa com deficiência e, assim, além do apoio administrativo à Secretaria, também contribui muito com as nossas temáticas específicas de atuação. Djalma tem muita experiência na área da educação popular e no diálogo com os movimentos sociais, que tem sido fundamental na construção das nossas ações. Já Iberê, com a experiência advinda de seu curso, tem colaborado com levantamentos e sistematizações”, destaca Oliveira.

Já para a indicação das três coordenadoras da Saade, Oliveira e Ribeiro Junior tiveram encontros com um grande número de grupos organizados e integrantes da comunidade universitária envolvidos com as temáticas abrangidas. “Esse processo foi muito rico para que pudéssemos conhecer melhor a Universidade, suas demandas, possibilidades, sugestões e críticas, além de definirmos o perfil para as coordenações, que foi de articulação entre o conhecimento técnico e conceitual e a sensibilidade exigida para o tratamento das questões com as quais lidaremos”, relata a Secretária. Em março, essa etapa foi concluída com a nomeação da professora Viviane Melo de Mendonça – do Departamento de Ciências Humanas e Educação do Campus Sorocaba (DCHE) – para a Coordenadoria de Diversidade e Gênero; da professora Rosana Batista Monteiro – também do DCHE – para a Coordenadoria de Relações Étnico-Raciais; e da professora Rosimeire Maria Orlando – do Departamento de Psicologia, que já coordena o Incluir – para a Coordenadoria de Inclusão e Direitos Humanos.

A Saade também conta, em sua estrutura organizacional – aprovada pelo Conselho de Administração em junho do ano passado –, com um Conselho de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade com ampla representação de unidades e categorias da Universidade, e um Comitê Gestor composto pelas Secretária e pelas Coordenadoras da Saade e pelos pró-reitores de Graduação, Pós-Graduação, Assuntos Comunitários e Estudantis e Gestão de Pessoas. O Comitê já realizou sua primeira reunião, no último dia 28, e aprovou a proposta de uma comissão intercampi para colaboração nas ações e gestão da Saade, composta por três pessoas em cada campus que farão a comunicação no campus e entre os campi em cada uma das grandes áreas de abrangência da Saade. “Essa estrutura nos parece fundamental para que possamos contemplar as especificidades de cada campus, promover o diálogo entre eles e, também, entre as diferentes áreas de atuação da Secretaria”, avalia Oliveira.

Nesta semana, a Saade iniciou uma série de seminários de formação em que as suas coordenadorias apresentarão um breve panorama histórico, político e conceitual de suas áreas específicas. Na última terça-feira (5/4), no Campus Sorocaba, os temas foram gênero e diversidade e relações étnico-raciais. No próximo dia 12, às 10 horas, no Anfiteatro da Reitoria, em São Carlos, a Coordenadora de Inclusão e Direitos Humanos fará sua apresentação. Os eventos estão sendo transmitidos por webconferência (no link webconferencia.sead.ufscar.br/eventos) e as gravações serão disponibilizadas, com tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras), no blog da Secretaria, que será lançado nos próximos dias.

O contato com a Saade já pode ser feito pelo telefone (16) 3351-9771 ou pelo e-mail saade@ufscar.br.

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Reitoria recebe material da campanha ‘São Carlos não se cala! Pelo fim da violência contra as mulheres’

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Adilson de Oliveira, Targino de Araújo Filho, Raquel Auxiliadora, Géria Montanari e Lorena Gobbi (Foto: Mariana Pezzo – AECR/UFSCar)

O Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, e o Vice-Reitor, Adilson de Oliveira, receberam na última sexta-feira (31/7) representantes do Fórum de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres de São Carlos, que apresentaram a campanha “São Carlos não se cala! Pelo fim da violência contra as mulheres”, uma iniciativa do próprio Fórum e do Coletivo de Promotoras Legais Populares de São Carlos. Estiveram na reunião Raquel Auxiliadora, Géria Montanari, Lorena Gobbi e Marcela Moreti, sendo as duas últimas estudantes de graduação da UFSCar.

A campanha, organizada no marco da celebração dos nove anos da lei nº 11.340/06 – conhecida como Lei Maria da Penha –, sancionada em 7 de agosto de 2006, tem o objetivo de dar visibilidade às diferentes formas de violência contra as mulheres, incentivar às vítimas à denúncia e mobilizar a cidade de São Carlos para o combate às desigualdades de gênero. Para tanto, foi produzido um conjunto de materiais gráficos que inclui uma cartilha com informações sobre violência contra a mulher (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral) e sobre onde buscar ajuda, além da reprodução da íntegra da Lei Maria da Penha.

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Cartão postal da campanha (Reprodução)

A campanha também conta com cartões postais que destacam sete formas de violência contra a mulher: trabalhadoras, lésbicas e bissexuais, transexuais, mulheres negras, mulheres nas universidades, violência doméstica e violência obstétrica. Os temas foram definidos nas reuniões do Fórum e cada um dos cartões traz informações específicas sobre as características de cada tipo de violência e os canais próprios para a apresentação de denúncias e obtenção de apoio e ajuda. Completam o kit – entregue na reunião com os dirigentes da Universidade – adesivos e cartazes.

“A campanha foi construída a muitas mãos. No caso específico da Universidade, é importante registrar que, muitas vezes, as mulheres universitárias têm muito mais dificuldades em denunciar do que aquelas com menos escolaridade, devido ao medo da exposição, dentre outros receios. Outra informação importante é que já temos pesquisas indicando altos índices de naturalização da violência nos relacionamentos e uso do espaço virtual como ferramenta de controle entre os jovens”, contou Raquel Auxiliadora, uma das coordenadoras da iniciativa, que é ex-aluna de graduação e pós-graduação da UFSCar. A pesquisa mencionada foi realizada pelo Instituto Avon em 2014, junto a jovens entre 16 a 24 anos, e, dentre outras conclusões, indica altos índices de aprovação da Lei Maria da Penha e de percepção da existência de machismo no Brasil ao mesmo tempo que revela alta aprovação de valores machistas e reprovação de comportamentos não conservadores por parte das mulheres, além da prática de atos violentos. Estes e outros resultados podem ser conferidos no site da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

O Reitor da UFSCar apresentou, durante a reunião, o projeto de implementação da Secretaria de Ações Afirmativas e outras Políticas de Equidade na Universidade, aprovada no primeiro semestre deste ano, que contará com uma Coordenadoria de Diversidade e Gênero. O dirigente também convidou as representantes do Fórum para participarem do planejamento dos eventos que serão realizados na Universidade no âmbito da criação da Secretaria, que devem acontecer neste segundo semestre de 2015.

O contato com a coordenação da campanha, caso haja interesse em material para distribuição ou outras informações, pode ser feito pelo e-mail plps.saocarlos@gmail.com ou pelo telefone (16) 99460-6921.

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