A formação em línguas estrangeiras e, particularmente, o conhecimento da Língua Inglesa, têm sido apontados como um dos grandes desafios à internacionalização da Educação Superior e da Ciência e Tecnologia brasileiras. Em março, durante o seminário “Internacionalização das universidades federais” – promovido pela Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Superior (Andifes) –, o Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, que preside a Comissão de Relações Internacionais da Andifes, já havia destacado a urgência de projetos que, aproveitando o momento de priorização da internacionalização, promovam oportunidades de formação em línguas estrangeiras a todos os estudantes. Agora, a convergência entre as demandas das universidades e as prioridades do Governo Federal permitirá a concretização desses projetos, a partir de uma proposta que está sendo elaborada por um grupo de IFES sob a coordenação da UFSCar.
Para a apresentação de uma primeira proposta idealizada pela UFSCar – com articulação dos professores Denise Abreu e Lima, coordenadora da Universidade Aberta do Brasil na UFSCar, e Nelson Viana, do Departamento de Letras –, foi realizada reunião no dia 26 de abril com a participação do Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, e representantes de sete universidades federais. A ideia é oferecer cursos na modalidade a distância, a partir de uma proposta que preveja ações em curtíssimo prazo (com início das atividades já no próximo mês de julho), médio e longo prazos. “Para esta primeira etapa, foram convidadas instituições que já fazem parte da UAB e têm tradição em educação a distância e na oferta de cursos de Inglês presenciais e/ou a distância, além de contarem com programas de pós-graduação nas áreas de Letras e Linguística. Na reunião do dia 26, nós apresentamos uma primeira sugestão de trabalho e, nesta semana, voltaremos a nos encontrar. A tarefa de cada instituição para essa próxima reunião é apresentar aquilo com o que pode contribuir na estruturação dos cursos de Inglês nas modalidades presencial, semipresencial e a distância”, conta Denise Lima.
“Tenho apontado repetidamente que a formação em línguas estrangeiras é um desafio fundamental no âmbito da internacionalização das universidades. Além disso, vejo a ênfase dada ao programa Ciência sem Fronteiras como uma grande oportunidade para conseguirmos oferecer essa formação a todos os nossos estudantes. Assim, entendo como uma grande conquista que a Presidência da República e o Ministério da Educação estejam, neste momento, priorizando essa proposta de formação abrangente, e fico muito satisfeito que a UFSCar possa estar liderando esse movimento, a partir do reconhecimento de sua atuação na educação a distância e, também, na área de ensino de Língua Estrangeira”, avalia o Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, que participou da reunião.
“Este é um momento importantíssimo para que todas as universidades possam se unir neste que, além de um esforço em prol da internacionalização da Educação Superior, é uma iniciativa de inclusão social. Inicialmente, trabalharemos com o Inglês para estudantes que já têm o perfil de participação no Ciência sem Fronteiras. Em seguida, a meta é que todos os alunos tenham essa oportunidade de formação e, como disse antes, não apenas em Inglês. Deverão ser abertos editais aos quais todas as IFES interessadas poderão se candidatar, e o financiamento será do Ministério da Educação”, detalha Denise Lima.