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100 dias de gestão: ProGPe e ProACE destacam o acolhimento e o diálogo como primordiais para uma gestão colaborativa e transformadora

Captura de Tela da live Na Pauta

Gestores da ProGPe e ProACE comentam as principais ações realizadas nos 100 primeiros dias de gestão (Reprodução)

Os 100 primeiros dias de gestão da nova equipe da Administração Superior da UFSCar foram marcados por desafios, conquistas e, principalmente, pela transparência e pelo comprometimento com o programa de gestão e diálogo constante com a comunidade universitária.

O balanço desses 100 dias foi apresentado pela equipe no “Na Pauta #11”, programa semanal realizado pela equipe de Comunicação da UFSCar. Para que toda a comunidade fique por dentro do que foi apresentado, estamos divulgando uma série de matérias sobre as atividades das Pró-Reitorias, direção de Campus e do Hospital Universitário nestes 100 dias. Nesta, evidenciaremos as ações das Pró-Reitorias de Gestão de Pessoas (ProGPe) e de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE).

Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Durante estes primeiros meses, foram inúmeras as atividades na ProGPe, com foco na comunicação a partir da escuta e acolhimento dos servidores e gestores e na participação efetiva no Fórum de Gestores de Pessoas do Conselho da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A Pró-Reitora de Gestão de Pessoas, Jeanne Liliane Marlene Michel, e o Pró-Reitor Adjunto, Antônio Roberto de Carvalho, falaram no programa “Na Pauta” (a partir de 58:17 a 1:12:33) sobre o trabalho na reorganização dos fluxos e da equipe de saúde do trabalhador e no levantamento das áreas críticas com relação à Segurança do Trabalho. Em tão pouco tempo, a unidade fez grandes avanços como a negociação de novas vagas, a seleção remota de substitutos e a criação do Conselho de Gestão de Pessoas (CoGePe).

“Uma importante pauta, presente na nossa campanha, foi a necessidade da escuta e do acolhimento, que tem sido atendida com reuniões semanais com toda a comunidade em todos os campi. Um passo fundamental para que essa escuta e diálogo ocorram foi a aprovação do CoGePe, que será um espaço democrático para a tomada de decisões. Trabalhamos para implementá-lo e o próximo passo será o processo de eleição para sua composição”, destacou Michel.

No sentido de buscar soluções para as demandas represadas, a ProGPe retomou as reuniões da comissão com o objetivo de criar um modelo matemático para estudar o esforço docente, com a participação dos diretores de centro. Esses esforços também têm sido realizados com foco nos técnico-administrativos.

Outro grande marco do início da gestão foi a conquista, a partir de negociação com o Ministério da Educação (MEC), de 22 vagas de servidores docentes. “Vamos iniciar o mesmo processo de negociação para novas vagas de técnico-administrativos, pois a Universidade cresceu, passou a contar com novos processos, o que demanda mais profissionais e vamos trabalhar muito para essa recomposição”, complementou a Pró-Reitora.

A Pró-Reitoria tem atuado na reorganização da equipe de Saúde do Trabalhador, que agora conta com uma assistente social que dará suporte e acompanhamento aos servidores que precisam fazer perícias.

Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis
O acolhimento, o diálogo e os esforços para assegurar os direitos dos estudantes e a mobilização contra os cortes orçamentários têm sido a tônica da ProACE, que, neste cenário desafiador, tem conseguido colocar em prática seus objetivos. “Esse movimento está presente na ProACE e em todas as Pró-Reitorias, pois somente através da escuta e do diálogo que vamos construir uma Universidade realmente democrática, inclusiva e participativa”, disse o Pró-Reitor da ProACE, Djalma Ribeiro Junior.

Nestes 100 primeiros dias, foram mantidos e criados novos canais de comunicação com a comunidade universitária, comunicação esta que se faz presente também em canais externos, como no Fórum Nacional de Pró-Reitores e Pró-Reitores de Assuntos Estudantis.

No programa (do momento 1:12:41 ao 1:28:02), o Pró-Reitor e a Pró-Reitora Adjunta, Gisele Aparecida Zutin Castelani, destacaram que, com o engajamento de toda a equipe, a ProACE tem colocado em prática ações para contribuir com o enfrentamento da pandemia e com os cuidados com a comunidade e para fortalecer a Política de Ações Afirmativas e de permanência estudantil na Graduação e Pós-Graduação.

No enfrentamento da pandemia de Covid-19, a ProACe, através de seus Departamentos, tem se dedicado aos cuidados com a saúde física e mental da comunidade, sobretudo dos estudantes da moradia que têm sido monitorados semanalmente. As ações incluem a distribuição de máscaras e álcool em gel e, em parceria com a Prefeitura Universitária, a ampliação da limpeza das áreas comuns e das moradias.

Três importantes marcos da gestão foram a aprovação da Política Institucional de Saúde Mental, que agora vai começar a ser operacionalizada; a criação do programa de fomento à Assistência Estudantil, que receberá, através de doações, recursos financeiros para o custeio de moradia, alimentação, transporte, dentre outras necessidades de estudantes em situação de vulnerabilidade; e a aprovação do Relatório de Avaliação dos 10 anos do Programa de Ações Afirmativas e do Ingresso por Reserva de Vagas, que resultou na criação de uma Comissão Permanente de Avaliação do programa para seu aprimoramento e ampliação.

No Diário da Reitora, é possível conhecer o balanço apresentado pelo Gabinete da Reitoria e pelas Pró-Reitorias de Graduação e de Pós-Graduação e de Pesquisa e de Extensão em “Na Pauta #11”, edição especial, que pode ser conferida, na íntegra, nos canais UFSCar Oficial no Facebook e YouTube.

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Relatório de 10 anos do Programa de Ações Afirmativas destaca promoção da equidade

Imagem da fachada da Área norte da UFSCar

Aprovação do documento reitera compromisso com a transformação da Universidade (Divulgacão)

A UFSCar foi pioneira na aprovação e implementação de seu Programa de Ações Afirmativas, em 2007, cinco anos da Lei Federal 12.711, conhecida como “Lei de Cotas”, que instituiu a reserva de vagas como política pública nacional aplicada a todas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Assim, a Instituição começou, a partir de 2007, a dar passos muito importantes rumo a uma universidade realmente diversa, justa e democrática.

Esse legado, construído a base de muito estudo e de debates plurais, está retratado no Relatório de Avaliação dos 10 anos do Programa de Ações Afirmativas e do Ingresso por Reserva de Vagas (2007-2017), apreciado e aprovado pelo Conselho Universitário em sua 248ª Reunião Ordinária, realizada na última sexta-feira (30/4).

Ao apresentar a pauta, a Reitora Ana Beatriz de Oliveira salientou sua alegria e emoção em presidir a reunião. “Estou na UFSCar desde 2000 e pude vivenciar toda essa transformação que faz a Universidade se tornar cada vez mais diversa, constituindo-se em um espaço representativo que se aproxima da realidade brasileira. O que vimos ser apresentado nesta reunião nos dá mais força para defender as políticas de ações afirmativas para que sigam sendo uma política pública, permitindo às universidades se consolidarem como o lugar da convivência das diversidades e fortalecendo uma formação cidadã e plural”, disse.

Construído a partir da análise das concepções estruturantes do Programa de Ações Afirmativas da UFSCar, do impacto do Programa para a vida acadêmica na UFSCar e da proposta permanente de sua avaliação, o estudo foi desenvolvido por uma comissão composta por discentes, docentes e técnico-administrativos e coordenada pela Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE).

A partir da apresentação do Relatório, foi aprovada a criação de uma Comissão Permanente de Avaliação do Programa de Ações Afirmativas e do Ingresso por Reserva de Vagas, a ser instituída no âmbito da SAADE. Também foi deliberado que deverá haver aprimoramento das ferramentas de coleta e análise de dados sobre ingresso e sobre indicadores acadêmicos e de permanência estudantil; a operacionalização de diretrizes que já constam na Política de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFSCar; e a criação de portal de egressos para acompanhamento de suas trajetórias após a conclusão da sua formação.

“Tão importante quanto garantir o acesso de todos e todas à Universidade é assegurar a sua permanência e, para isso, faz-se fundamental o compromisso com o acolhimento integral do estudante”, explicou Natalia Rejane Salim, docente do Departamento de Enfermagem (DEnf) e Secretária da SAADE.

A avaliação permanente do Programa foi vista como fundamental pelos conselheiros, assim como o trabalho formativo com a comunidade interna para uma mudança cultural voltada a que todos compreendam o processo de inclusão e sua importância para a transformação da sociedade.

Na reunião, Maria Sílvia de Assis Moura, docente do Departamento de Estatística (DEs) e integrante da comissão que coordenou os trabalhos, apresentou a avaliação quantitativa dos 10 anos do Programa de Ações Afirmativas, com destaque para dados referentes aos critérios de classificação dos ingressantes e ao desempenho dos discentes das diferentes modalidades de ingresso na UFSCar de 2008 a 2016.

“Diante dos dados, fica claro que não há diferenças relevantes entre as trajetórias dos estudantes em relação a modalidade de ingresso, desempenho e evasão. Porém, reitero que precisamos intensificar os cuidados com o Programa e com esses estudantes, para seguirmos alcançando seu propósito, que é o de fazer da UFSCar um espaço cada vez mais acolhedor e diverso”, defendeu Moura.

Na sequência, a docente do Departamento de Psicologia (DPsi) Maria Stella Coutinho de Alcântara Gil, que foi Vice-Reitora e, depois, Reitora da UFSCar no momento da elaboração e instalação do Programa, coordenando a comissão de elaboração, fez um detalhado relato sobre o início do processo e todo seu histórico, evidenciando o pioneirismo da UFSCar em adotar essas políticas.

“Foi um período de amplo e intenso debate e manifestações na Universidade e os órgãos colegiados tiveram um importante papel tanto na construção quanto na aprovação do Programa. O relatório nos deixa claro que precisamos preservar as conquistas e ampliar o alcance da democratização, acesso e permanência dos estudantes em todos os níveis de formação, com o planejamento de permanência, avançando na institucionalização das ações afirmativas”, destacou.

Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, Professora Emérita da UFSCar, referência nacional na área de educação das relações étnico-raciais e também integrante da comissão de elaboração do Programa de Ações Afirmativas, esteve presente à reunião do ConsUni, durante a qual foi cumprimentada reiteradas vezes pelo recente recebimento do título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do ABC (UFABC).

“O trabalho para constituir a política foi de muita paciência e de um avanço de cada vez para conseguir construir os argumentos para que a comunidade universitária pudesse compreender a relevância desse movimento para corrigir distorções históricas de desigualdade social e abrir as portas da Universidade para que se tornasse um espaço democrático, composto pelas pessoas de baixa renda, negras, indígenas e com deficiência, que sempre estiveram sub-representadas no ambiente universitário”, destacou.

“Vida longa para as ações afirmativas. Que continuemos avaliando e aprimorando o Programa para que a UFSCar seja um ambiente cada vez mais diverso e acolhedor para todos e todas”, concluiu.

O Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE) Djalma Ribeiro Junior destacou a mobilização da ProACE juntos às entidades externas através de manifestos em defesa da continuidade da Lei 12.711 que será alvo de debates por conta da sua revisão 2022.

“Diante do cenário que temos, de ataque às universidades e cortes no orçamento, sabemos que será desafiador esse debate, mas é nosso dever manter o tema das Ações Afirmativas sempre em pauta para que elas sejam não somente mantidas, mas também fortalecidas”, destacou o Pró-Reitor.

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