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Diante da falta de recursos, CoAd aprova critérios para priorização de pagamentos

Captura de tela de reunião

Na reunião, a Reitora Ana Beatriz de Oliveira atualizou a situação orçamentária e financeira da Universidade (Divulgação)

O Conselho de Administração (CoAd) esteve reunido extraordinariamente na última sexta-feira (16/4) para deliberar sobre prioridades para a execução financeira dos Recursos do Tesouro Nacional (RTN), tendo em vista a não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), que aguarda a sanção presidencial.

Além da indefinição da LOA, que tem ocasionado uma crise orçamentária, há uma crise financeira, uma vez que a liberação mensal de recursos financeiros tem sido de somente 1/18 de 40% do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Com isso, a quantia de dinheiro recebida do Governo Federal para a quitação de faturas da Universidade é insuficiente para saldar todas as despesas. Um exemplo importante do quão crítica é a situação é o fato do valor recebido, de cerca de R$ 700 mil mensais, é o mesmo da conta mensal de energia elétrica da Instituição.

A questão de orçamento e finanças, crítica em todas as Instituições Federais de Ensino Superior, e a necessidade de priorizar pagamentos já haviam sido apresentadas na 56ª Reunião Ordinária do CoAd. Na reunião de sexta-feira, a Reitora Ana Beatriz de Oliveira atualizou a situação, indicando como a Universidade precisou colocar em prática em março a priorização de alguns pagamentos, o que foi feito com base na Resolução CoAd nº 096, de 20 de dezembro de 2017. “Aguardávamos que a LOA fosse sancionada para trazer ao Conselho um quadro mais claro do orçamento de 2021, mas, devido à indefinição, a saída para esse momento é a de efetivamente rever a ordem de priorização de pagamentos, uma vez que o valor recebido é absolutamente insuficiente para pagar as despesas mensais”, alertou.

“Adotar o critério de prioridade para o pagamento dos gastos nesse momento é necessário para priorizarmos as pessoas: garantir o direito dos estudantes de permanecer na Universidade, uma das prioridades da nossa gestão, e assegurar, nesse momento de crise sanitária e financeira que vivemos em todo o País, o pagamento dos profissionais prestadores de serviço”, complementou Oliveira.

De forma detalhada, a Pró-Reitora de Administração (ProAd), Edna Hércules Augusto, apresentou o cenário de escassez e inconsistência dos recursos, destacando que a Universidade tem recebido somente 25% do recurso financeiro esperado desde janeiro. Diante desse cenário, o Conselho aprovou que o pagamento das despesas da Universidade possa priorizar as demandas consideradas essenciais para a Instituição, justificando a não realização dos pagamentos conforme a ordem cronológica da exigibilidade dos contratos (como determina o Artigo 5 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993), o que é permitido quando há relevantes razões de interesse público.

As prioridades definidas encontram respaldo nas diretrizes da Universidade, previstas em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e na Resolução CoAd nº 096. Conforme a deliberação, ficam definidos como prioritários os pagamentos referentes a bolsas e auxílios financeiros de assistência estudantil e demais bolsas concedidas aos discentes; os referentes aos restaurantes universitários; despesas com assistência estudantil como aluguel, gás, energia e água das moradias; pagamentos de pessoas físicas, estagiários, e pagamento parcial do valor das notas fiscais de empresas que prestam serviços terceirizados (com dedicação exclusiva de mão de obra).

A Pró-Reitora de Gestão de Pessoas (ProGPe), Jeanne Liliane Marlene Michel, também destacou o compromisso de preservar as vidas acima de tudo e em qualquer momento. “O momento é de solidariedade, de colocar os interesses coletivos acima dos individuais, para preservar nossos estudantes e os trabalhadores prestadores de serviços, honrando a responsabilidade da Universidade com a sociedade”, comentou.

A medida terá validade enquanto o valor recebido de RTN não for suficiente para pagar os débitos com todos os credores. O documento na íntegra está disponível na página da Secretaria dos Órgãos Colegiados (SOC).

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Andifes mobiliza reitores e parlamentares pela defesa do orçamento das Instituições Federais de Ensino Superior

Logo da Andifes

Reitoria participou de reunião do Conselho Pleno da  Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Divulgação)

A Reitora Ana Beatriz de Oliveira participou no dia 4 de março da 139ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) que teve como debate principal o Seminário “Reformas Constitucionais e Orçamentos Públicos”, para tratar sobre as mudanças constitucionais e recomposição do orçamento da educação previsto para 2021.

O encontro contou com a presença de senadores e deputados federais que, junto com os representantes da Andifes, refletiram sobre como os cortes previstos em educação, por conta da aprovação da PEC emergencial Nº186/2019, que prevê a recriação do auxílio emergencial em troca de medidas de ajustes fiscais reduzindo recursos de setores como educação, e do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que retira recursos da educação e da saúde para outros setores, vão prejudicar drasticamente o orçamento para as universidades e os institutos federais em 2021.

Eles também apresentaram aos parlamentares a importância de derrubada dos vetos presidenciais à Lei Complementar nº 177, sancionada em 12 de janeiro de 2021, sobre os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que proíbe o bloqueio de gastos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, FNDCT), e discutiram como agir para reverter o bloqueio.

Os parlamentares falaram sobre como têm atuado com o governo para reverter os cortes no orçamento. “Temos nos mobilizado para isso e nesta reunião conseguimos avançar um pouco para fortalecer o apoio junto aos parlamentares. A partir do que foi acordado, trabalhamos para elaborar uma estratégia em conjunto para levar as demandas das Instituições Federais ao Governo Federal, alertando como o corte dos recursos vai inviabilizar diversas atividades básicas nas universidades, como por exemplo, as ações dos programas de permanência estudantil”, salientou a Reitora.

As discussões sobre o tema e os próximos passos continuam a ser debatidos nas próximas reuniões da Andifes. No encontro eles também falaram sobre o projeto piloto “Promover IFES” – um programa de mobilidade virtual em rede que visa possibilitar a mobilidade entre estudantes de graduação de todo o Brasil. A Andifes já está na etapa de construção do regimento do programa que será apresentado nos próximos encontros para que, aprovado, seja colocado em prática pelas instituições.

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