Ainda que as frequentes e intensas chuvas deste início de 2016 possam ter enfraquecido as memórias das crises hídrica e energética tão presentes ao longo do ano passado, estão longe de serem superadas as condições que provocaram os riscos enfrentados em 2015. Isto porque, da mesma forma que não foi em apenas 12 meses que o nível dos reservatórios brasileiros caiu aos números alarmantes do ano passado, também sua recuperação não se dará em curto prazo e, tampouco, depende apenas do regime pluviométrico, envolvendo fatores como o padrão do consumo de água e de energia elétrica e os investimentos em infraestrutura, dentre outros.
Além dos riscos de falta de água e de energia e demais graves consequências ambientais relacionadas, o cenário também é de aumento significativo no custo da energia, concomitantemente às restrições orçamentárias decorrentes da crise econômica. No caso da UFSCar, por exemplo, enquanto o consumo não mudou significativamente entre 2014 e 2015, houve grande elevação nos gastos financeiros com energia, que já representavam parcela relevante dos recursos destinados às despesas gerais da UFSCar, que correspondem às despesas não rateadas entre as unidades.
Nesse contexto, a Administração Superior da UFSCar publicou, no dia 12 de janeiro, a Portaria GR nº 1577/16, que dispõe sobre medidas de redução do consumo de energia elétrica no âmbito da Instituição. Além do compromisso da Universidade com a promoção da sustentabilidade, a Portaria está em consonância também com normas governamentais editadas recentemente para racionalização e ganho de eficiência no gasto público e no uso dos recursos naturais.