A UFSCar divulgou na última terça-feira (6/10) o resultado da homologação dos pedidos de inscrição de candidatos no processo seletivo para ingresso em 2016 de estudantes indígenas nos cursos de graduação presencial da Universidade. Foram homologadas 479 inscrições dos 551 pedidos de candidatos de 16 Estados de todas as regiões do País. As inscrições representam praticamente o dobro do ano passado, quando foram recebidas 260 inscrições.
O aumento se deve, em grande parte, à mudança no processo seletivo, que, em sua nona oferta, realizará pela primeira vez provas em quatro capitais: Cuiabá, Manaus, Recife e São Paulo. Até o ano passado, as provas eram realizadas exclusivamente no Campus São Carlos da UFSCar. A mudança foi aprovada pelo Conselho de Graduação (CoG) em maio, a partir da proposta dos próprios estudantes indígenas da Universidade, organizados por no Centro de Culturas Indígenas (CCI) da UFSCar. O objetivo é facilitar o deslocamento de candidatos de regiões do País que têm grande concentração de aldeias indígenas. A decisão foi subsidiada pelos números do processo seletivo para 2015, quando a UFSCar homologou a inscrição de 237 candidatos indígenas e pouco menos da metade compareceu às provas.
Para a Pró-Reitora de Graduação da UFSCar, Claudia Raimundo Reyes, o expressivo aumento nos pedidos de inscrição aponta o sucesso da mudança, bem como da política de ações afirmativas adotada pela Universidade. “O grande número de candidatos inscritos neste ano é motivo de grande orgulho para a UFSCar e nos mostra que estamos no caminho certo. Não só por termos tomado a decisão, em 2007, de criar as vagas para os candidatos indígenas, mas também por todo o esforço da Universidade para que nossos estudantes tenham condições de se desenvolverem aqui dentro. A UFSCar aprendeu muito, e em diferentes aspectos, com o ingresso dos indígenas, e uma das demonstrações desse aprendizado foi o acolhimento por parte do Conselho de Graduação da sugestão de ampliar as cidades nas quais a prova é aplicada. Esse resultado comprova como a decisão foi importante para continuarmos ampliando o acesso dos indígenas ao Ensino Superior, por meio do modelo que a UFSCar e seus estudantes indígenas estão construindo”, avalia Reyes. Continue reading