Category Archives: Infraestrutura

Grupo Gestor da Barragem do Monjolinho apresenta ao ConsUni proposta para renaturalização da área do Lago no Campus São Carlos

Imagem da Reitora, Ana Beatriz de Oliveira no googlemeet

Tema foi abordado pela primeira vez na reunião do Conselho Universitário (Reprodução)

Na última segunda-feira (6/12), o Grupo Gestor da Barragem do Monjolinho apresentou em detalhes ao Conselho Universitário (ConsUni) da UFSCar a situação crítica em que se encontra o Lago no Campus São Carlos da Universidade e, a partir de estudos e debates iniciados ainda em 2018, compartilhou proposta de descomissionamento (remoção) da barragem que retem as águas do Rio Monjolinho, formando o Lago, e renaturalização da área.

A barragem do Rio Monjolinho é bastante antiga, estimando-se sua construção entre os anos de 1970 a 1974. Ela é monitorada pela Defesa Civil de São Carlos desde 2013, quando a água passou por cima da barragem em momento de altos índices de precipitação (chuva). Em 2017, a partir de vistoria de técnicos de Segurança Pública e Defesa Civil do Município, foi identificada alta vulnerabilidade da barragem, motivando desde então diversas ações de mitigação de riscos, como a interrupção do tráfego de veículos no local e a diminuição do volume de água represada. O Ministério Público também passou a acompanhar a situação.

Na reunião do ConsUni, a Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, recuperou este histórico, situando como o problema se tornou ainda mais complexo a partir de setembro de 2020, com a publicação, motivada pelos desastres nas barragens de Mariana (em 2015) e Brumadinho (2019), da Lei de Segurança de Barragens (Lei nº 14.066), que aumentou significativamente o rigor e as exigências apresentadas a gestores de barragens não só de rejeitos, mas também de água, como é o caso da Universidade. O histórico foi complementando por Walter Libardi, ex-Vice-Reitor da UFSCar e coordenador anterior do Grupo Gestor, presente à reunião.

A Reitora também listou as providências tomadas na atual gestão, com recomposição do Grupo Gestor – mantendo integrantes da formação anterior e incorporando os gestores atuais – e realização de novos estudos, planejamentos e aproximação com a Prefeitura Municipal de São Carlos, o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE, órgão estadual responsável pela fiscalização da barragem) e outros atores envolvidos visando encontrar a melhor estratégia para equacionamento da situação.

“Sabemos que a complexidade do tema é alta e de extrema importância do ponto de vista ambiental e, desde o início da gestão, temos atuado, a partir do Grupo, para pensar na melhor estratégia para obtermos avanços concretos. A partir dos estudos e debates realizados internamente e com os representantes dos órgãos públicos, e das dificuldades orçamentárias para viabilizar a construção e a manutenção permanente de novo barramento de acordo com a nova legislação, trazemos o tema pela primeira vez ao Conselho para que todos estejam cientes do assunto e para que juntos possamos pensar na estratégia mais adequada para a Universidade”, afirmou a Reitora.

Silvia Claudia Semensato Povinelli, integrante do Grupo Gestor especializada na análise de riscos e segurança em recursos hídricos, apresentou detalhes da nova legislação e as obrigações da entidade responsável pela barragem. Um importante ponto destacado é que, segundo os critérios de classificação de barragens por categorias de risco, a barragem do Monjolinho é classificada com alto risco de dano potencial associado, já que, apesar de não ser barragem de rejeitos e/ou abrigar grande volume de água, apresenta grande circulação de pessoas no entorno, presença de rodovias e de empresas/indústrias, além das edificações da própria Universidade. Como essa situação não é passível de modificação – diferentemente daquelas passíveis de serem sanadas por ações de manutenção –, as exigências para a Universidade sempre serão elevadas e, assim, exigirão altíssimos investimentos em termos de recursos financeiros e pessoal especializado.

“As exigências são inúmeras e, para manter a barragem atual ou construir uma nova, conforme o projeto desenvolvido em 2014, antes da atualização da lei, a Universidade teria de, por exemplo, ter uma equipe especializada em barragem, um plano de segurança específico para barragem e outro de ação emergencial. Entendemos que esse não é o propósito da Universidade, e além disso teria um custo permanente de manutenção muito elevado”, explicou Povinelli.

Diante desse cenário, o Grupo formulou então a alternativa de descomissionamento da barragem e retomada do curso natural do Rio Monjolinho, apresentando ao Conselho inclusive exemplos já concretizados em outros locais de projetos classificados como “soluções baseadas na Natureza”. Assim, a proposta é realizar processo de renaturalização da área, que pode acarretar grandes vantagens ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, às próprias opções de descanso e lazer da comunidade universitária, além da grande redução de riscos e custos envolvidos.

Ao apresentar a proposta, Sérgio Henrique Vannucchi Leme de Mattos, docente do Departamento de Hidrobiologia (DHb) e também integrante do Grupo Gestor, destacou que a renaturalização poderá promover novos serviços ecossistêmicos, bem como abrigar iniciativas culturais, por exemplo. A expectativa, a partir deste primeiro debate no ConsUni, é que o projeto seja pensado de forma a seguir permitindo a realização de atividades de ensino e pesquisa voltadas ao estudo da ecologia aquática, além de gerar nova fonte de aprendizagem a partir do processo de renaturalização em si.

Presente na reunião, Noboru Minei, Diretor do Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos do DAEE, informou que o processo de descomissionamento de barragens ainda está sendo estruturado e que, uma vez que a UFSCar implemente o seu, deve se tornar um estudo de caso e referência para novos processos que devem ocorrer no estado de São Paulo e, também, no País.

A partir dos pontos apresentados, ficou definido que a proposta de renaturalização, como alternativa à manutenção da barragem, será levada aos Centros para que possa ser amplamente debatida e posteriormente deliberada em uma nova reunião do ConsUni. A Reitora também informou aos conselheiros que outros campi da UFSCar também possuem barramentos, que deverão ser objeto de estudos de segurança.

– A gravação da reunião está disponível no canal UFSCar Oficial no YouTube. Assista!

Confira aqui a apresentação da Reitora da UFSCar, que recuperou o histórico da situação

Confira aqui a apresentação sobre a legislação aplicável à Barragem do Monjolinho

Confira aqui a apresentação sobre a alternativa de renaturalização da área

 

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Lista de inscritos no Programa de Apoio ao Servidor da UFSCar em Trabalho Remoto é divulgada

O Programa de Apoio ao Servidor da UFSCar em Trabalho Remoto, que vai oferecer equipamentos de tecnologia da informação aos servidores, registrou 360 solicitações. Os solicitantes podem acessar o documento com a lista de inscritos no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) pelo número 23112.019414/2021-83 ou aqui.
A próxima etapa do processo seletivo consiste na realização da vistoria técnica nos equipamentos identificados como obsoletos pelos solicitantes que se darão entre os dias 25 de outubro e 12 de novembro.

A análise dos equipamentos será realizada pela Secretaria Geral de Informática (SIn) que irá indicar a necessidade de substituição do equipamento, atualização tecnológica ou, ainda a realização e manutenção corretiva. A equipe da SIn entrará em contato com os inscritos para o agendamento da vistoria.
A entrega dos equipamentos será comunicada aos contemplados no programa conforme o recebimento dos equipamentos por parte dos fornecedores. Confira a minuta do programa com todas as diretrizes aqui.

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UFSCar implementa Programa de Apoio ao Servidor em Trabalho Remoto

IMagem de teclado de computador

No momento, serão fornecidos 200 computadores portáteis e 400 câmeras, entre outros equipamentos (Banco de imagem FreePik)

A UFSCar, através da Reitoria, institui o Programa de Apoio ao Servidor da UFSCar em Trabalho Remoto que, por meio da oferta de equipamentos de tecnologia da informação aos servidores, visa dar suporte ao trabalho remoto, fornecendo as ferramentas adequadas para o exercício das atividades de trabalho.

“Com o programa, esperamos atender ao menos parte da necessidade de adequação das condições de trabalho neste cenário da pandemia, bem como a atualização tecnológica dos equipamentos para que os nossos servidores tenham ferramentas que atendam suas necessidades e contribuam para um ambiente de trabalho confortável e funcional. Infelizmente a situação orçamentária da Universidade não nos permite ir além, mas essa ação demonstra nosso reconhecimento de que a demanda é importante”, disse a Reitora, Ana Beatriz de Oliveira.

Além disso, o programa incentiva o uso de ferramentas de gestão e comunicação oficiais disponibilizadas pela Secretaria Geral de Informática (SIn), que, juntamente com a Pró-Reitoria de Administração, é responsável pela sua operacionalização. Serão disponibilizados computadores de mesa e portáteis, a atualização tecnológica de computadores institucionais e/ou pessoais por meio de upgrade de memória e/ou instalação de disco de estado sólido (SSD) e a distribuição de câmeras (webcam) e fone de ouvido para trabalho remoto e/ou presencial.

Para participar, é necessário realizar a inscrição, entre 11/10 e 18/10, pela Central de Serviços da UFSCar em “Apoio ao Trabalho Remoto”, na categoria “Tecnologia da Informação”. Podem se inscrever servidores que não tenham computadores institucionais à sua disposição; que tenham posse de computadores institucionais que estejam apresentando mau-funcionamento; que tenham posse de computadores manifestamente obsoletos (com idade superior a 5 anos de uso), sendo, neste caso, priorizada a substituição dos computadores mais antigos, e/ou que necessitem de câmeras (webcam) e fone de ouvido para trabalho remoto e/ou presencial. Confira a minuta do programa com todas as diretrizes aqui.

No momento, serão fornecidos 200 computadores portáteis, 200 discos de estado sólido, 400 câmeras e 400 fones de ouvido. Caso haja disponibilidade orçamentária suplementar, o volume de itens ofertados pode ser ampliado, mediante autorização da Pró-Reitoria de Administração.

Atenção ao cronograma:
11/10 a 18/10 – Inscrição pela Central de Serviços em “Apoio ao Trabalho Remoto”, na categoria “Tecnologia da Informação
20/10 – Divulgação da lista de inscritos
25/10 a 12/11 – Realização das vistorias técnicas nos equipamentos

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Pró-Reitoria de Administração prioriza gestão integrada e segurança alimentar no Restaurante Universitário

Kit alimentos in natura

RU oferece, aos finais de semana, kits com alimentos frescos e de qualidade (Divulgação)

A segurança alimentar tem como propósito garantir o direito de todos e todas ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, e em quantidade suficiente, a partir de práticas alimentares promotoras da saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. É a partir dessa estratégia que a Pró-Reitoria de Administração (ProAd) tem gerido o Restaurante Universitário (RU) em todos os campi da UFSCar.

Com uma governança de olhar multidimensional e multissetorial, o gerenciamento dos RUs tem sido feito de forma integrada através de parcerias com a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE), a equipe do RU, a Secretaria de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (Sgas), a Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), as Diretoria de Campus, entre outras unidades.

Luiz Manoel Almeida, Pró-Reitor de Administração Adjunto, explica que esse movimento já tem ocorrido e que será oficializado nas próximas semanas com a implementação da Rede Integrada de Segurança Alimentar (RISA), estruturada em cinco áreas temáticas: Integração dos Serviços Alimentares, Agricultura Familiar, Apoio a Eventos, Nutrição e Segurança Alimentar, Relações Institucionais.

“A segurança alimentar é nossa prioridade e já estamos atuando nessa estratégia que, a partir das áreas temáticas, vai nos permitir atuar de forma multicampi, assegurando a transparência e com processos padronizados. A gestão integrada permite uma rede de apoio para as ações operacionais, de infraestrutura e de uso de espaços públicos e as de sustentabilidade, acessibilidade e diversidade”, comentou.

A atuação em cinco áreas temáticas será o diferencial nessa administração do RU, permitindo a melhoria contínua dos serviços. A área de Integração dos Serviços Alimentares, por exemplo, vai padronizar as atividades das lanchonetes, dos serviços de food trucks e dos vendedores autônomos por meio de capacitação e normativas para a realização das atividades de forma segura.

No segmento de Nutrição e Segurança Alimentar, a capacitação e treinamento dos profissionais do RU é prioridade, por isso serão realizados minicursos regulares. A ideia é que esse cursos com foco em boas práticas alimentares sejam estendidos também para a comunidade.

A Agricultura Familiar estará presente nos alimentos adquiridos pelo RU e também em espaços de comercialização permanentes acessíveis para toda a comunidade.

Um exemplo importante da atuação multissetorial é a parceria da ProAd com a ProACE no oferecimento de refeições à comunidade universitária, principalmente para os estudantes que participaram dos programas de assistência estudantil, diante do desafiador cenário da pandemia e do corte orçamentário.

Além da oferta de marmitas que acontece desde o início da pandemia, o RU oferece, aos finais de semana, os kits com alimentos in natura, composto sempre por alimentos frescos, de qualidade e variados, atendendo também aos pedidos e preferências dos estudantes. Somam-se a isso a diminuição dos preços junto aos Restaurantes Universitários e o serviço de entrega de refeições para os estudantes bolsistas que residem fora dos campi.

“Atuamos para oferecer uma alimentação balanceada, com qualidade nutricional e dos produtos, variedade na oferta de refeições, atendendo aos pedidos e sugestões dos estudantes. Além de opções vegetarianas e veganas, criamos um prato de destaque da semana. Desde que essas medidas foram adotadas, o RU tem entregue 930 refeições por dia nos quatro campi, sempre seguindo todas as medidas sanitárias impostas pela pandemia”, explicou Rita de Cássia Oliveira Sant’Ana, nutricionista responsável pela fiscalização técnica dos RUs.

Quando houver o controle da pandemia de Covid-19 e a retomada das atividades presenciais na Universidade, a gestão irá atuar para tornar os RUs espaços ainda mais acessíveis e de convivência da comunidade interna, com a realização de atividades culturais e artísticas.

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Secretaria Geral de Informática (SIn) realiza migração dos sistemas da UFSCar para a serviço de nuvem

Logo da Secretaria Gerald e Informática

Secretaria Geral de Informática atua para trazer mais estabilidade, agilidade e segurança aos processos (Reprodução)

Segurança dos dados, velocidade e estabilidade dos sistemas. Estas são as vantagens do uso do sistema de nuvens, modelo de computação que armazena dados na internet por meio de um provedor na nuvem, para o qual a Secretaria Geral de Informática (SIn) está migrando todos os sistemas da UFSCar. Em Na Pauta #14, o Secretário Geral de Informática da UFSCar, Erick Melo, (do momento 52:56 ao 1:11:36) deu detalhes sobre o projeto e outras ações da SIn que estão em andamento.

A implementação do projeto, iniciada em 2019, coloca a Universidade como uma das pioneiras entre as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) a realizar a migração para a nuvem. O serviço utilizado pela UFSCar é o Amazon Web Services, que passa a ser responsável por toda a operação de infraestrutura, permitindo à equipe da SIn focar no desenvolvimento e gerenciamento dos sistemas.

A primeira fase do projeto foi responsável pela migração dos registros de arquivos da Universidade (backup). A segunda, em andamento, já inseriu na nuvem os sistemas da Central de Serviços e do Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

Os próximos a serem inseridos são o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), ProExWeb, Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA), o Repositório e todos os demais externos utilizados pela comunidade interna, bem como os da própria SIn.

Erick Melo explica que o sistema em nuvem substitui o modelo clássico que utiliza um data center na SIn, com vários servidores, para guardar os dados, que, por estarem em equipamentos físicos, ficam suscetíveis a oscilações de funcionamento por eventuais falhas de energia e de acesso à rede de internet.

“Isso era um motivo de preocupação constante para a SIn, pela instabilidade e o seu impacto para toda a comunidade. A partir de um estudo técnico detalhado e treinamento de toda a equipe, criamos um departamento exclusivo para cuidar deste sistema. Além da segurança, estabilidade e velocidade, vantagens primordiais para o aprimoramento deste serviço, a tecnologia permite a mobilidade, sem custo, para qualquer outro sistema de nuvem”, destaca Melo.

Outra iniciativa da SIn referente ao aprimoramento das atividades é o projeto piloto, iniciado pelo Sistema de Apoio à Gestão Universitária Integrada (SAGUI), que possibilita formas alternativas de fazer o login nos sistemas da UFSCar pela conta Gov.br (portal unificado do Governo Federal), desburocratizando os acessos e trazendo ainda mais segurança aos dados.

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