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UFSCar decide renaturalizar paisagem onde estava o Lago do Campus São Carlos

Decisão ocorreu na 259ª Reunião Ordinária do ConsUni

O Conselho Universitário (ConsUni) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aprovou em sua 259ª reunião ordinária, em 25 de março, encaminhamentos relativos à remoção da barragem do Rio Monjolinho e à renaturalização da paisagem no espaço antes ocupado pelo Lago da Universidade, na área Sul do Campus São Carlos. Agora, será iniciado o desenvolvimento de um Termo de Referência para contratação de empresa – ou realização de concurso arquitetônico – para apresentação de proposta e detalhamento de custos.

A barragem do Rio Monjolinho é monitorada pela Defesa Civil de São Carlos desde 2013, quando foram registrados altos índices de chuva. Em 2017, a partir de vistoria de técnicos de Segurança Pública e Defesa Civil do Município, foi identificada alta vulnerabilidade, o que motivou diversas ações de mitigação de riscos, como a interrupção do tráfego de veículos no local e a diminuição do volume de água represada. O Ministério Público também passou a acompanhar a situação. O problema se tornou ainda mais complexo a partir de setembro de 2020, com a nova Lei de Segurança de Barragens (motivada pelos desastres em Mariana e Brumadinho), que aumentou significativamente o rigor e as exigências apresentadas a gestores de barragens não só de rejeitos de mineração, mas também de água.

Em dezembro do ano passado, o Grupo Gestor da Barragem apresentou ao ConsUni a proposta de descomissionamento (remoção) da barragem e renaturalização da área, e desde então a proposta foi levada aos Centros Acadêmicos para discussão pela comunidade universitária, sendo agora aprovada a continuidade do processo pelo Conselho. Há compreensão do descomissionamento associado à renaturalização como alternativa para a qual há ambiente favorável no momento, que aproxima a Universidade do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do estado de São Paulo, por também estar atuando nessa direção em todo o território estadual.

A UFSCar também está trabalhando em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação. Luciana Gonçalves, Secretária Geral de Gestão do Espaço Físico da UFSCar, ressaltou que as alternativas técnicas baseadas podem contribuir bastante para uma nova paisagem compatível com a realidade da Instituição e que, ao mesmo tempo, atenda as preocupações da gestão municipal no sentido da drenagem. “É uma visão bastante inovadora. A Prefeitura, que tem nos dado um apoio fundamental, vai construir conosco o Termo de Referência”, registrou.

A manutenção da possibilidade de realizar atividades de ensino, pesquisa e extensão no local e as questões afetivas e culturais associadas à paisagem são prioridades do projeto que será desenvolvido. Neste sentido, o ConsUni encaminhou a incorporação ao Grupo Gestor de pesquisador da área de Ecologia Aquática, a ser indicado pelo Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS).

A gravação da reunião do ConsUni está disponível no canal UFSCar Oficial no YouTube. As deliberações do Conselho quanto a esta e outras questões podem ser conferidas na página da Secretaria de Órgãos Colegiados (SOC).

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Grupo Gestor da Barragem do Monjolinho apresenta ao ConsUni proposta para renaturalização da área do Lago no Campus São Carlos

Imagem da Reitora, Ana Beatriz de Oliveira no googlemeet

Tema foi abordado pela primeira vez na reunião do Conselho Universitário (Reprodução)

Na última segunda-feira (6/12), o Grupo Gestor da Barragem do Monjolinho apresentou em detalhes ao Conselho Universitário (ConsUni) da UFSCar a situação crítica em que se encontra o Lago no Campus São Carlos da Universidade e, a partir de estudos e debates iniciados ainda em 2018, compartilhou proposta de descomissionamento (remoção) da barragem que retem as águas do Rio Monjolinho, formando o Lago, e renaturalização da área.

A barragem do Rio Monjolinho é bastante antiga, estimando-se sua construção entre os anos de 1970 a 1974. Ela é monitorada pela Defesa Civil de São Carlos desde 2013, quando a água passou por cima da barragem em momento de altos índices de precipitação (chuva). Em 2017, a partir de vistoria de técnicos de Segurança Pública e Defesa Civil do Município, foi identificada alta vulnerabilidade da barragem, motivando desde então diversas ações de mitigação de riscos, como a interrupção do tráfego de veículos no local e a diminuição do volume de água represada. O Ministério Público também passou a acompanhar a situação.

Na reunião do ConsUni, a Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, recuperou este histórico, situando como o problema se tornou ainda mais complexo a partir de setembro de 2020, com a publicação, motivada pelos desastres nas barragens de Mariana (em 2015) e Brumadinho (2019), da Lei de Segurança de Barragens (Lei nº 14.066), que aumentou significativamente o rigor e as exigências apresentadas a gestores de barragens não só de rejeitos, mas também de água, como é o caso da Universidade. O histórico foi complementando por Walter Libardi, ex-Vice-Reitor da UFSCar e coordenador anterior do Grupo Gestor, presente à reunião.

A Reitora também listou as providências tomadas na atual gestão, com recomposição do Grupo Gestor – mantendo integrantes da formação anterior e incorporando os gestores atuais – e realização de novos estudos, planejamentos e aproximação com a Prefeitura Municipal de São Carlos, o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE, órgão estadual responsável pela fiscalização da barragem) e outros atores envolvidos visando encontrar a melhor estratégia para equacionamento da situação.

“Sabemos que a complexidade do tema é alta e de extrema importância do ponto de vista ambiental e, desde o início da gestão, temos atuado, a partir do Grupo, para pensar na melhor estratégia para obtermos avanços concretos. A partir dos estudos e debates realizados internamente e com os representantes dos órgãos públicos, e das dificuldades orçamentárias para viabilizar a construção e a manutenção permanente de novo barramento de acordo com a nova legislação, trazemos o tema pela primeira vez ao Conselho para que todos estejam cientes do assunto e para que juntos possamos pensar na estratégia mais adequada para a Universidade”, afirmou a Reitora.

Silvia Claudia Semensato Povinelli, integrante do Grupo Gestor especializada na análise de riscos e segurança em recursos hídricos, apresentou detalhes da nova legislação e as obrigações da entidade responsável pela barragem. Um importante ponto destacado é que, segundo os critérios de classificação de barragens por categorias de risco, a barragem do Monjolinho é classificada com alto risco de dano potencial associado, já que, apesar de não ser barragem de rejeitos e/ou abrigar grande volume de água, apresenta grande circulação de pessoas no entorno, presença de rodovias e de empresas/indústrias, além das edificações da própria Universidade. Como essa situação não é passível de modificação – diferentemente daquelas passíveis de serem sanadas por ações de manutenção –, as exigências para a Universidade sempre serão elevadas e, assim, exigirão altíssimos investimentos em termos de recursos financeiros e pessoal especializado.

“As exigências são inúmeras e, para manter a barragem atual ou construir uma nova, conforme o projeto desenvolvido em 2014, antes da atualização da lei, a Universidade teria de, por exemplo, ter uma equipe especializada em barragem, um plano de segurança específico para barragem e outro de ação emergencial. Entendemos que esse não é o propósito da Universidade, e além disso teria um custo permanente de manutenção muito elevado”, explicou Povinelli.

Diante desse cenário, o Grupo formulou então a alternativa de descomissionamento da barragem e retomada do curso natural do Rio Monjolinho, apresentando ao Conselho inclusive exemplos já concretizados em outros locais de projetos classificados como “soluções baseadas na Natureza”. Assim, a proposta é realizar processo de renaturalização da área, que pode acarretar grandes vantagens ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, às próprias opções de descanso e lazer da comunidade universitária, além da grande redução de riscos e custos envolvidos.

Ao apresentar a proposta, Sérgio Henrique Vannucchi Leme de Mattos, docente do Departamento de Hidrobiologia (DHb) e também integrante do Grupo Gestor, destacou que a renaturalização poderá promover novos serviços ecossistêmicos, bem como abrigar iniciativas culturais, por exemplo. A expectativa, a partir deste primeiro debate no ConsUni, é que o projeto seja pensado de forma a seguir permitindo a realização de atividades de ensino e pesquisa voltadas ao estudo da ecologia aquática, além de gerar nova fonte de aprendizagem a partir do processo de renaturalização em si.

Presente na reunião, Noboru Minei, Diretor do Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos do DAEE, informou que o processo de descomissionamento de barragens ainda está sendo estruturado e que, uma vez que a UFSCar implemente o seu, deve se tornar um estudo de caso e referência para novos processos que devem ocorrer no estado de São Paulo e, também, no País.

A partir dos pontos apresentados, ficou definido que a proposta de renaturalização, como alternativa à manutenção da barragem, será levada aos Centros para que possa ser amplamente debatida e posteriormente deliberada em uma nova reunião do ConsUni. A Reitora também informou aos conselheiros que outros campi da UFSCar também possuem barramentos, que deverão ser objeto de estudos de segurança.

– A gravação da reunião está disponível no canal UFSCar Oficial no YouTube. Assista!

Confira aqui a apresentação da Reitora da UFSCar, que recuperou o histórico da situação

Confira aqui a apresentação sobre a legislação aplicável à Barragem do Monjolinho

Confira aqui a apresentação sobre a alternativa de renaturalização da área

 

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UFSCar vai instalar 5 usinas fotovoltaicas no campus Lagoa do Sino Campus Lagoa do Sino

O investimento é de R$ 974.950,00 e recurso foi obtido junto ao MEC em uma ação voltada a projetos de eficiência energética

Cinco Usinas Solares Fotovoltaicas serão instaladas no campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O objetivo é reduzir o consumo de energia elétrica da Universidade e contribuir para o fortalecimento de ações de sustentabilidade. Cada uma das cinco Usinas irá gerar até 50 kWp (quilowatt pico).

O recurso para investimento é de R$ 974.950,00 e foi obtido junto ao Ministério da Educação (MEC) após tratativas realizadas pela Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann, e pelo Pró-Reitor de Administração, Márcio Merino Fernandes.

“A construção de uma sociedade mais sustentável depende de nossas ações de hoje. Por isso, dialogamos junto ao MEC para conseguirmos novos recursos destinados à eficiência energética. São quase 1 milhão de reais que têm como objetivo a preservação do meio ambiente e maior eficiência no uso de recursos públicos”, conta a Reitora da Universidade, Wanda Hoffmann.

Instalação – A contratação de mão de obra especializada para instalação das Usinas foi conduzida junto às Prefeituras Universitárias dos campi de São Carlos e Lagoa do Sino. Os trabalhos de instalação terão início em janeiro de 2021. O prazo estimado para conclusão da instalação é julho de 2021.

Campus Lagoa do Sino - Foto: Prof. Paulo Guilherme Molin/Centro de Ciências da Natureza

Campus Lagoa do Sino/ UFSCar (Foto: Prof. Dr. Paulo Guilherme Molin)

“A redução no consumo de energia elétrica vem impactando a UFSCar. Neste ano, subimos 150 posições no Ranking GreenMetrics, que avalia o esforço das Universidades para preservação do meio ambiente. Nosso objetivo, enquanto Instituição, é transformar a sociedade para melhor por meio de nosso trabalho diário”, finaliza o Pró-Reitor de Administração da UFSCar, Márcio Merino Fernandes.

Eficiência Energética na UFSCar – De 2017 a 2020, a UFSCar construiu 7 Usinas Solares Fotovoltaicas e realizou a troca de quase 50 mil lâmpadas convencionais por tecnologias led. No total, o investimento realizado foi de R$ 8 milhões. Todo recurso foi obtido por meio da participação em editais da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e por meio de investimentos do Ministério da Educação (MEC).

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UFSCar inaugura Sala de Monitoramento e Segurança

Localizada na Secretaria-Geral de Informática (SIn), sala abriga equipamentos que monitoram os 4 campi da Universidade em tempo real

Cerca de 200 câmeras foram instaladas nos 4 campi da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O objetivo é tornar o dia a dia de toda comunidade universitária mais seguro.

A aquisição dos equipamentos para monitoramento dos campi foi feita ao longo dos últimos anos. “Investimos em segurança para a comunidade UFSCar, Departamentos, Centros, áreas comuns e demais espaços. Seja de noite ou de dia, precisamos ter segurança para transitar na Universidade”, afirma a Reitora da UFSCar, Profa. Dra. Wanda Hoffmann.

Sala de Monitoramento e Segurança da Secretaria de Informática (SIn) da UFSCar (Foto: Reitoria UFSCar)

Monitoramento 24h por dia – O contrato foi aditado e, agora, a nova Sala de Monitoramento e Segurança da Universidade conta com vigilantes 24h por dia.

“Como Capital da Tecnologia, São Carlos vêm se destacando em diversos setores. Com a nova Sala inaugurada, fortalecemos a prevenção a crimes e à violência por meio de ações informatizadas”, explica o Dr. Erick Melo, Secretário-Geral de Informática da UFSCar.

Sistema Detecta – Foi assinado acordo de cooperação junto à Prefeitura de São Carlos – SP para que as câmeras da UFSCar passem a integrar o Sistema Detecta. Este sistema de monitoramento inteligente conta com o maior conjunto de informações armazenadas da América Latina. A implantação do Sistema Detecta junto às câmeras da UFSCar está em curso.

Sala de Monitoramento e Segurança da Secretaria de Informática (SIn) da UFSCar (Foto: Reitoria UFSCar)

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UFSCar conclui mais dois prédios no campus Araras

Com investimentos de mais de R$ 5 milhões, os prédios vão abrigar pesquisas de diferentes departamentos.

 

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) concluiu e entregou mais dois prédios destinados à pesquisa, no campus de Araras. Os Edifícios CT-Infra II e III vão abrigar pesquisas de diferentes departamentos e eram uma demanda antiga da comunidade acadêmica.

“A entrega dos prédios é resultado de um intenso trabalho realizado nos últimos anos. As novas estruturas permitem melhores condições de trabalho e estudo para os docentes, técnico-administrativos e estudantes. Vão atender as necessidades do ensino, pesquisa e extensão do Centro de Ciências Agrárias”, afirmou a reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann.

Os dois prédios têm uma área total de 1.488,66 m². Ao todo, foram investidos R$ 5.234.214,19 de recursos disponibilizados por meio do CT-Infra da FINEP. “A ProPq e a FAI trabalharam juntas e intensamente para aprovar e liberar os recursos da carta convite da FINEP que permitia a conclusão das obras”, explicou Ronaldo Censi de Faria, Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa.

Para a coordenadora do CT-Infra III, Roberta Cornelio Ferreira Nocelli, docente do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME), o novo prédio vai beneficiar muitos professores e foi projetado para atender as necessidades atuais e futuras. “Essa infraestrutura fortalece várias linhas de pesquisa que se instalaram no CCA nos últimos anos e estavam alocadas de forma provisória. Isso permite um maior e melhor desenvolvimento dessas pesquisas, o aumento das parcerias com outros grupos de pesquisa e melhora nossas condições para a realização dos projetos de extensão. Vamos atender dos projetos mais complexos aos de extensão em menor escala”, afirmou.

Nos últimos anos, a UFSCar liberou quase R$ 35 milhões em recursos FINEP para a execução de projetos institucionais de implantação, modernização e ampliação de infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica. “A equipe técnica da UFSCar se dedicou em diversas frentes para apresentar pareceres técnicos, comprovar a viabilidade de execução das obras, justificar a necessidade de novos recursos para a conclusão de várias obras que estavam paradas. Uma equipe guerreira que merece meu respeito e gratidão”, destacou a reitora.

Outras obras executadas com recursos da FINEP estão em andamento e serão entregues no próximo ano.

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