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100 dias de gestão: Diretores do Campus Lagoa do Sino e do Campus Sorocaba destacam os projetos colocados em prática no início da gestão

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Gestores dos campi Lagoa do Sino e Sorocaba falam sobre ações de proximidade com a comunidade interna nos primeiros meses de gestão (Reprodução)

Os 100 primeiros dias de gestão da nova equipe da Administração Superior da UFSCar foram marcados por desafios, conquistas e, principalmente, pela transparência e pelo comprometimento com o programa de gestão e diálogo constante com a comunidade universitária.

O balanço desses 100 dias foi apresentado pela equipe no “Na Pauta #11”, programa semanal realizado pela equipe de Comunicação da UFSCar. Para que toda a comunidade fique por dentro do que foi apresentado, estamos divulgando uma série de matérias sobre as atividades das Pró-Reitorias, direção de Campus e do Hospital Universitário nestes 100 dias. Nesta última matéria da série, evidenciamos as ações das diretorias do Campus Lagoa do Sino e do Campus Sorocaba.

Diretoria de Campus Lagoa do Sino
O Diretor do Campus Lagoa do Sino, Alberto Luciano Carmassi, falou no “Na Pauta #11” (do momento 1:49:31 ao 1:56:15) sobre o movimento inicial da gestão de integração com os servidores, de articulação institucional com políticos, empresas e produtores da região e dos trabalhos para diagnóstico e planejamento dos espaços físicos.

Um dos destaques da gestão foi o início das atividade do projeto de extensão “Fazenda Escola Lagoa do Sino da UFSCar: promovendo o desenvolvimento regional do sudoeste paulista por meio do ensino, pesquisa, extensão e inovação”, que vai fortalecer a integração das atividades produtivas da fazenda com as de ensino, pesquisa e extensão do Centro de Ciências da Natureza (CCN), contribuindo para a consolidação do Campus Lagoa do Sino como um importante ator de fomento do desenvolvimento regional.

“A Fazenda Escola terá como norte a atuação com foco na produção e comercialização de produtos e na disseminação do conhecimento a partir da formação das pessoas e do fortalecimento do CCN”, destacou Carmassi.

No que diz respeito aos trabalhos para diagnóstico e planejamento dos espaços físicos, foi implementado um software para o monitoramento e gestão da área e foi realizada a compra de equipamentos, como uma plantadeira, para melhorar a qualidade da produção agrícola da fazenda.

A gestão está trabalhando com a diversidade de cultivos, como a produção de feijão, em pequena escala, para atender o mercado regional e a de soja não transgênica, em grande escala, já direcionada para uma grande empresa.

Diretoria de Campus Sorocaba
Aproximar a Diretoria de Campus da comunidade interna e melhorar o relacionamento com o município de Sorocaba são alguns dos desafios da gestão que, nestes primeiros meses, têm sido o foco da atenção da Diretora do Campus Sorocaba, Karina Martins, que realizou reuniões com os centros, departamentos, órgãos colegiados, empresas e políticos da região para entender as demandas internas e atuar em possíveis parcerias externas.

No “Na Pauta #11”, Martins (do momento 1:56:16 ao 2:0256) destacou o protagonismo do Campus Sorocaba e o compromisso da gestão para viabilizar o desenvolvimento contínuo e a excelência do Campus.

“A partir das reuniões internas foi possível conhecer a situação atual do Campus no que diz respeito à infraestrutura, demandas reprimidas e aos aspectos acadêmicos, administrativos e de pessoal. Com esse conhecimento, já elaboramos um plano de ação para ser implementado nos próximos anos, que inclui projetos de reforma, construção e adequação de espaços para o pleno funcionamento do Campus. Esse plano será fundamental para a próxima etapa que é a de captação de recursos”, destacou.

Para reaproximar o Campus da Região Metropolitana de Sorocaba, também foi elaborado um plano de comunicação voltado para o fortalecimento da importância do Campus no desenvolvimento regional e para o aumento da visibilidade de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

No Diário da Reitora, é possível conhecer o balanço apresentado pelo Gabinete da Reitoria e pelas Pró-Reitorias de Graduação e de Pós-Graduação, Pesquisa e de Extensão, Gestão de Pessoas e Assuntos Comunitários e Estudantis, Administração e do Hospital Universitário. O “Na Pauta #11”, edição especial, pode ser conferido na íntegra nos canais UFSCar Oficial no Facebook e YouTube.

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“Nossa gestão será marcada pelo diálogo, transparência e defesa da Ciência”, diz Reitora em entrevistas

A Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira

Ana Beatriz de Oliveira tomou posse em 20 de janeiro (Foto: Arquivo pessoal)

A Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, concedeu ao longo dos seus primeiros dias no cargo entrevistas às rádios Universitária, CBN e Diocesana, todas de São Carlos. Nas conversas, Oliveira falou sobre a importância da autonomia universitária e destacou alguns dos projetos da nova equipe de gestão.

A Reitora reforçou a indignação com a não nomeação do Reitor eleito, Adilson de Oliveira, e que sua gestão irá atuar com força para garantir a autonomia universitária. “Apesar do ocorrido, estou segura e preparada para implementar o projeto que construímos juntos e que é o de uma universidade integrada e multicampi”, disse.

Dentre os inúmeros projetos a serem implementados, a Reitora destacou o plano de enfrentamento à pandemia, que, a partir de uma postura ativa da Universidade, irá contar com um sistema interno de vigilância epidemiológica para cuidar da saúde física e mental da comunidade universitária.

A aproximação com a comunidade e a promoção da cultura científica também foram abordadas nas entrevistas. “Iremos criar o Instituto da Cultura Científica, que será uma importante ferramenta de conexão com a sociedade e vai permitir a constante troca de conhecimento e a popularização da Ciência. Através do ensino, da pesquisa e da extensão, a nossa gestão será pautada no diálogo constante com a comunidade interna e na aproximação com a sociedade”, disse.

Confira na íntegra as entrevistas:

Rádio Universitária (a partir de 36:59)

Rádio CBN

Rádio Diocesana (a partir de 57:10)

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MP 979 é revogada e UFSCar retoma processo de sucessão à Reitoria

Para prestar esclarecimentos sobre o processo eleitoral que culminará na escolha e nomeação do(a) reitor(a) da UFSCar para o período 2020-2024, a atual Reitora, Wanda Hoffmann, concedeu uma entrevista em que aborda a revogação da Medida Provisória 979/2020. Também analisa o cenário, ações políticas realizadas e os próximos passos do processo de sucessão na Reitoria da UFSCar. Confira, a seguir, a íntegra da entrevista.

1- No dia 12 de junho foi publicada a revogação da Medida Provisória 979/2020. O que isso significa, na prática, para o processo de sucessão da Reitoria da UFSCar?

Com a revogação da Medida Provisória 979/2020, o quadro jurídico ficou bem mais claro. A UFSCar poderá retomar seu processo eleitoral normalmente, a ser iniciado pela Pesquisa Eleitoral junto à Comunidade Universitária visando identificar suas preferências com relação aos que deverão ocupar os cargos de reitor(a) e vice-reitor(a) da UFSCar no período 2020-2024.

O mais importante é que a Comunidade Universitária poderá participar da escolha de seus dirigentes, conforme a cultura democrática da UFSCar. É o que todos nós queremos.

2- Houve alguma ação política de sua parte com relação à MP 979?

Atuamos em conjunto com outros reitores das Instituições Federais, por meio da ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). No dia 11/06, em pleno feriado, tivemos uma reunião com a Diretoria da ANDIFES e reitores das Instituições que teriam eleições em 2020. A ANDIFES fez uma forte ação junto a diversos parlamentares, priorizando uma saída política e negociada que, felizmente, foi bem sucedida.

3- O que acontece agora, Reitora? O processo eleitoral será retomado?

Assim que tomamos conhecimento da MP 979, na manhã do dia 10/06, fomos obrigados a suspender a reunião do Conselho Universitário que estava agendada para a tarde do dia 10, como medida responsável e de equilíbrio que o momento exigiu. Isso foi necessário para entendermos melhor a situação e para ações políticas em conjunto com a ANDIFES. Trabalhamos bastante ao longo desses últimos dias. No momento, nosso entendimento é que podemos dar continuidade ao processo de sucessão à Reitoria, com serenidade e segurança.

Já agendamos nova reunião do Conselho Universitário, para 17/06.

4- Recentemente uma entidade sindical ligada à Universidade divulgou edital e calendário para Consulta Eleitoral para sucessão da Reitoria. Esta ação tem o apoio da Universidade, Reitora?

A UFSCar ainda não deliberou sobre isso. Na próxima reunião do Conselho Universitário, a primeira decisão será se a própria UFSCar irá realizar uma Pesquisa Eleitoral, ou não.

Se o ConsUni decidir por realizar a Pesquisa Eleitoral Paritária, decidirá em seguida quanto ao edital, calendário, etc., e só então essas informações serão divulgadas à Comunidade Universitária. Caso o ConsUni decida que a UFSCar não fará a Pesquisa Eleitoral, existe a possibilidade de a UFSCar apoiar operacionalmente uma Pesquisa a ser realizada pelas Entidades Sindicais. É uma possibilidade, mas o ConsUni ainda não decidiu sobre isso.

A divulgação de edital e calendário pelas Entidades foi precipitada, em especial porque na reunião do dia 05/06 as Entidades pediram ao ConsUni uns dias para realizarem novas assembleias, a fim de decidir se apoiariam e participariam da Consulta a ser realizada pela própria UFSCar. Em respeito às Entidades, o ConsUni decidiu adiar sua decisão, na tentativa de um processo único, consensual, com apoio de todos os envolvidos.

Mas, enfim, retomaremos a questão na próxima reunião do ConsUni, e a decisão será então tomada. Como temos feito desde que desencadeamos as discussões, em 22 de abril, a Reitoria se compromete a manter a Comunidade Universitária sempre informada, para que o processo ocorra com total transparência.

5- A UFSCar tem condições de realizar uma eleição neste momento de isolamento social, Reitora?

A UFSCar tem totais condições de realizar uma Pesquisa Eleitoral, ou ainda uma eleição, de forma totalmente remota, preservando a saúde e a integridade das pessoas. Já realizamos eleições online anteriormente, para o próprio Conselho Universitário; funcionou corretamente e, atualmente, é um procedimento bem aceito pela Comunidade Universitária da UFSCar.

6- Desta Pesquisa Eleitoral sairá o nome do reitor ou da reitora para o período 2020-2024?

O resultado desta Pesquisa será um subsídio ao Colégio Eleitoral, formado pelo próprio Conselho Universitário, que então formará uma lista com 3 nomes a ser enviada ao Ministério da Educação. Historicamente, o Colégio Eleitoral tem respeitado a vontade da Comunidade ao elaborar a lista tríplice.

7- O que a Universidade pode esperar deste processo eleitoral, Reitora?

A UFSCar tem uma cultura democrática há décadas. Assim, o processo de escolha de seus dirigentes ocorre com a participação de toda a Comunidade – com estudantes, docentes e técnico-administrativos assumindo o mesmo peso no resultado da Pesquisa Eleitoral.

O que eu espero? Respeito às instituições e respeito à história democrática da Universidade. Processo limpo e transparente. Debate respeitoso e construtivo. Que a Comunidade Universitária possa participar da escolha de seus dirigentes com segurança, respeito à vida e ampla participação. E que a vontade da Comunidade Universitária prevaleça. É isso o que espero.9

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Pesquisadores da UFSCar desenvolvem teste rápido para detectar COVID-19

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão desenvolvendo dispositivos para a identificação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em pacientes infectados, em ambientes contaminados e até mesmo nas redes de esgoto.

O projeto prevê a utilização de um sensor eletroquímico para a detecção, na saliva do paciente, de pelo menos três sequências do genoma do vírus. A pesquisa tem o apoio da FAPESP, no âmbito do edital Suplementos de Rápida Implementação contra COVID-19.

“Nosso objetivo é desenvolver uma metodologia simples e de baixo custo para o diagnóstico de COVID-19. A plataforma de testes descartável fará uso de materiais de fácil acesso e equipamentos simples e também permitirá a análise de diferentes amostras simultaneamente”, diz Ronaldo Censi Faria, pesquisador do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que lidera o projeto.

De acordo com Faria, o teste rápido consiste em um dispositivo com vários compartimentos (canais microfluídicos), no qual a saliva do paciente é inserida. Os compartimentos contarão com quatro regiões sensoras (chips) programadas para identificar pedaços do RNA do vírus. “A detecção se dá por eletroquimiluminescência, ou seja, a partir da reação eletroquímica entre o sensor e o RNA do vírus ocorre a emissão de luz. Com isso, se o sensor detectar pelo menos uma das sequências de RNA, um ponto de luz irá surgir, indicando que o paciente está infectado”, diz.

Em 2017, a equipe de Faria desenvolveu um dispositivo semelhante para a detecção de biomarcadores da doença de Alzheimer. “Normalmente, trabalhamos em conjunto com médicos e especialistas de outras áreas que nos apresentam um problema. No caso do dispositivo do Alzheimer, a professora Márcia Cominetti, do Departamento de Gerontologia da UFSCar, nos procurou após ter identificado que pacientes com Alzheimer apresentavam alteração em uma proteína [ADAM10] presente no sangue”, diz.

O grupo de pesquisadores desenvolveu então um sensor para detectar a presença dessa proteína em um dispositivo de baixo custo já patenteado, mas ainda sem previsão para ser comercializado.

Biomarcadores proteicos
De acordo com Faria, a metodologia usada no desenvolvimento dos testes para COVID-19 é uma adaptação de uma série de dispositivos que estão sendo desenvolvidos nos laboratórios para identificar a ocorrência de outras doenças, como câncer, leishmaniose, hanseníase, zika e Alzheimer.

“O nosso laboratório tem experiência no uso de biomarcadores proteicos para a identificação de doenças. Alguns deles já eram marcadores conhecidos que utilizamos em dispositivos, outros eram biomarcadores novos, como o caso do nosso dispositivo para detectar Alzheimer. Nesse novo projeto usaremos marcadores de RNA, partes da sequência de RNA que foram separadas pelo pesquisador Matias Melendez, que integra o nosso grupo”, diz.

No estudo para COVID-19, os pesquisadores vão testar a aplicação dos biomarcadores genéticos inicialmente em amostras com sequências sintéticas. Na segunda fase do projeto, haverá comprovação da técnica em amostras de pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 fornecidas pelo Hospital Universitário da UFSCar, por meio de uma colaboração do pesquisador com o professor do Departamento de Medicina Henrique Pott Junior.

Identificação do vírus em ambientes
A equipe multidisciplinar também está desenvolvendo outros tipos de testes com sensores para a identificação do vírus em ambientes, como casas, ruas e escritórios, e no sistema de esgoto. Esses dois outros projetos estão sendo apoiados por um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Como já temos uma metodologia, é do nosso interesse adaptá-la para diferentes usos, desde que seja possível identificar um biomarcador para a doença”, diz.

Além de trabalhar com a detecção de sequências de RNA do vírus, o grupo busca desenvolver ainda outra abordagem a partir do capsídeo do vírus (a membrana que envolve o vírus). “Se conseguirmos detectar o capsídeo, podemos desenvolver um teste mais abrangente e que precisaria de menos tratamento da amostra”, diz.

Faria explica que para atingir o RNA é preciso uma solução para “quebrar” o vírus e expor o material genético a ser detectado pelo sensor. “Ao identificar o capsídeo será possível detectar o vírus diretamente, o que abre um leque de possibilidades, como criar um dispositivo para identificação em sistema de esgoto ou no ar. Com isso, seria possível monitorar a distância o ambiente externo e mapear a contaminação de áreas pelo esgoto ou por coleta de material particulado na atmosfera”, diz.

(Artigo publicado na Agência FAPESP por Maria Fernanda Ziegler em 13 de maio de 2020)

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A presença da Polícia Militar

A Reitora Wanda Hoffmann responde à questões sobre a presença da Polícia Militar no campus da UFSCar.

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