Category Archives: Equidade

CoPG anuncia Política de Ações Afirmativas, novo convênio de bolsas e autoavaliação

Reunião foi presidida pelo Pró-Reitor de Pós-Graduação, Rodrigo Constante Martins

O Conselho de Pós-Graduação (CoPG), na sua136ª Reunião Ordinária, anunciou novidades de extrema relevância para atuais e futuros pesquisadores da Universidade. A UFSCar acaba de elaborar diretrizes para a implementação Política de Ações Afirmativas nos processos seletivos dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu, nos cursos de mestrado e doutorado para as modalidades acadêmico e profissional.


A resolução foi aprovada pelos CoPG e Conselho Universitário (ConsUni) e, agora, os programas têm até 18 meses para atender a política. Vale ressaltar, que alguns Programas de Pós-Graduação já trabalham há algum tempo com ações afirmativas em editais, como os da área de Sociologia, Educação – em São Carlos e Sorocaba, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, dentre outros.

Também foi informado durante a reunião que a UFSCar está prestes a firmar um convênio com a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) para destinar bolsas aos pós-graduandos. A expectativa é que neste primeiro ano sejam, pelo menos, de 120 a 200 bolsas nos mesmos valores das de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para pesquisadores da UFSCar que atuem como facilitadores nos cursos de graduação da Univesp. O contrato estabelece quatro horas semanais em atividades de monitoria e acompanhamento das turmas e outras oito horas dedicadas a Cursos de Formação de Docentes de Educação a Distância. A ideia é que essas bolsas possam ser utilizadas já a partir do segundo semestre deste ano, em agosto.

“Nós já recebemos uma minuta de proposta de convênio, mas estamos negociando essa minuta com a Reitoria da Univesp para tentar chegar em números que sejam adequados para as demandas da UFSCar. Isso depende do orçamento da Univesp. Desde que assumimos a Pró-Reitoria, um dos grandes desafios que nossa equipe de gestão tem enfrentado é o corte de bolsas. Por isso, em 2021, iniciamos vários diálogos e tentamos criar várias pontes para construir possibilidades de financiamento”, explicou o professor Rodrigo Constante Martins, Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFSCar. Uma comissão será criada para desenvolver o processo seletivo destas bolsas. A proposta é que, no mínimo, 50% delas sejam destinadas a estudantes ingressantes por ações afirmativas. O convênio, que pode atingir até 600 bolsas concedidas, tem duração de três anos e pode ser renovado por igual período.

Dentre outros assuntos, também foi comunicada a formação de uma Comissão de Autoavaliação da Pós-Graduação da UFSCar. A Comissão terá como referência o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSCar e irá realizar uma primeira autoavaliação a partir de dados coletados no ano passado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) e por meio de questionários que serão aplicados as coordenações dos programas de pós-graduação. Ainda há a possibilidade de questões serem destinadas para estudantes. Desde 2021, a Pró-Reitoria tem discutido com os integrantes do Conselho sobre a necessidade de uma avaliação institucional da área, que ainda pode servir como um importante parâmetro para que os programas realizem suas respectivas autoavaliações. Até então, apenas os próprios programas realizam autoavaliações, processo que deve seguir ocorrendo.

A Comissão é composta pela professora Eli Ângela Vitor Cozo, coordenadora multicampi da ProPG, pelo professor Alceu Gomes Alves Filho, docente do Departamento de Engenharia de Produção e especialista em planejamento estratégico, pela professora Fabiana de Oliveira, do Departamento de Sociologia e especialista em métodos quantitativos, pela professora Maria Silvia de Assis Moura, do Departamento de Estatística, pela professora Kellen Christina Leite, docente do Departamento de Ciências Humanas e Educação, e pelo técnico-administrativo Robson Lopes dos Santos.

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CoACE aprova migração das Bolsas Alimentação Emergencial para Auxílio Alimentação Emergencial

Reunião do CoACE foi transmitida pelo canal UFSCar Oficial no YouTube (Reprodução)

O Conselho de Assuntos Comunitários e Estudantis (CoACE), em sua 61ª Reunião Ordinária, aprovou, dentre outros temas, a migração das Bolsas Alimentação Emergencial, criadas no contexto da pandemia de Covid-19, para o Auxílio Alimentação Emergencial, que vigorava antes da pandemia. A gravação da reunião está disponível neste link.

O Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis, Djalma Ribeiro Júnior, iniciou a reunião apresentando um panorama dos cortes no orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), desde 2018, e mostrando como a Universidade tem trabalhado com esses recursos, desde 2020, o que demandou diversos ajustes para garantir as bolsas para os estudantes, a partir da atuação do Grupo de Trabalho (GT) Assistência e Permanência Estudantil no contexto da pandemia e do corte de orçamentos.

“O compromisso da nossa gestão é o de garantir o acesso e permanência dos estudantes na Universidade, portanto temos trabalhado através do GT, em parceria com as demais pró-reitorias e com a participação de representantes de todos os setores da comunidade universitária para garantir as bolsas e os benefícios. Para isso, neste cenário desafiador de pandemia e falta de recursos, temos proposto adequações e ajustes para garantir a manutenção dos auxílios”, destacou Djalma Ribeiro Júnior.

Para que isso ocorresse, além dos recursos previstos no orçamento, foram criados recursos adicionais em 2021, que consistem na implementação do Programa de Fomento à Permanência Estudantil – Captação de Recursos para Investimento em Equidade da UFSCar (CRIE) e do Projeto de Desenvolvimento Institucional (ProDIn) de Enfrentamento da Covid-19. Os recursos do CRIE possibilitaram a realização do edital de auxílio inclusão e acessibilidade e para auxílios emergenciais, já os do ProDIn possibilitaram a oferta de cerca de 350 auxílios emergenciais de inclusão digital de R$ 900,00 para estudantes em vulnerabilidade social.

Na reunião, também foi aprovada a migração das Bolsas Alimentação Emergencial (BAE I e BAE II) – uma das medidas para o período pandêmico, uma vez que os restaurantes deixaram de receber as pessoas, em atendimento aos protocolos de biossegurança contra a Covid-19 – para o Auxílio Alimentação Emergencial, que vigorava antes da pandemia.

A mudança no cenário pandêmico e o avanço da UFSCar para a Fase 1 do Plano de Retomada das Atividades Presenciais foram os fatores que subsidiaram a proposta de incorporação, em 2022, da BAE I e BAE II no Auxílio Alimentação Emergencial para colaborar com o custeio do café da manhã no valor de R$ 140,00 (ante o valor de R$ 110,00 que vigorava antes da pandemia) e com a oferta de almoço e jantar gratuitos nos restaurantes para bolsistas do Programa de Assistência Estudantil.

“Debatemos esse tema e a proposta com a comunidade em uma reunião aberta que fizemos em fevereiro para chegar em um modelo que se adeque a nossa realidade, com a volta gradual das atividades presenciais, e ao orçamento, priorizando a manutenção das bolsas e a possibilidade de ampliação do seu alcance”, disse o Pró-Reitor.

Outro item de destaque foi a aprovação do edital para a concessão de auxílio inclusão e acessibilidade para estudantes com deficiência, no âmbito do Programa de Fomento à Permanência Estudantil – Captação de Recursos para Investimento em Equidade (CRIE). A Reitora, Ana Beatriz de Oliveira, e o Pró-Reitor, Djalma Ribeiro Júnior, vão falar sobre a importância deste edital e do CRIE na live Na Pauta, no dia 15/3, às 14h15. Na Pauta é veiculado sempre às terças-feiras, nos canais UFSCar Oficial no YouTube e no Facebook.

Na reunião, também foram aprovados a regulamentação do processo seletivo para a homologação de novos cadastros junto ao Programa Bolsa Permanência do Ministério da Educação (MEC) para estudantes indígenas e quilombolas e o relatório parcial do processo de construção do Regimento Geral das atividades relativas aos Assuntos Comunitários e Estudantis.

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Novo grupo de trabalho é voltado ao combate às desigualdades de gênero na UFSCar

Mariana Pezzo (esq.) e Diana Junkes Bueno Martha falam sobre a criação do GT Mulheres na UFSCar em Na Pauta

Novo grupo de trabalho é voltado ao combate às desigualdades de gênero na UFSCar

Com o objetivo de combater a desigualdade de gênero, a UFSCar criou o Grupo de Trabalho (GT) “Mulheres na UFSCar”. A iniciativa, que será composta por servidoras docentes e técnico-administrativas, junto a gestoras, pretende contribuir com a proposição, o desenvolvimento e o acompanhamento de políticas institucionais efetivas, que contemplem todas as integrantes da Instituição. Além disso, outra meta é trabalhar em prol da construção de uma comunidade consciente e engajada no combate à desigualdade e à violência na sociedade.

São várias esferas de atuação no GT “Mulheres na UFSCar”, cuja criação foi uma sugestão da Reitora da Universidade, Ana Beatriz de Oliveira. Serão trabalhadas temáticas como maternidade, preconceito, violência, carreira profissional e pesquisa, dentre outras. Segundo a coordenadora do grupo, a professora Diana Junkes Bueno Martha, Pró-Reitora Adjunta de Pesquisa da Universidade, o GT espera a participação de toda a comunidade. “Nós temos muitas pesquisadoras que fazem parte de grupos de pesquisa voltados para este assunto. Além disso, mulheres que enfrentam a questão de gênero nos seus estudos também podem contribuir para a construção de política efetivas que combatam as desigualdades”, afirmou em edição da live Na Pauta, que pode ser conferida neste link.

A novidade ainda deve articular outras ações já desenvolvidas na UFSCar, visando potencializá-las. “Também existem programas que estimulam o ingresso de crianças e jovens na carreira científica e a própria Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), que trabalha com essa temática. O objetivo é realizar parcerias estreitas com essas iniciativas”, complementou a jornalista Mariana Pezzo, diretora do Instituto da Cultura Científica (ICC) da UFSCar e integrante do GT. Um dos parceiros do novo grupo é o “Gestar”, que congrega pesquisadoras, estudantes de graduação e pós-graduação e servidoras da Universidade e é coordenado pelas docentes Ligia Menossi, do Departamento de Letras, e Andrea Ferro, do Departamento de Economia. O projeto nasceu a partir do Parent´s in Science, movimento que surgiu com o intuito de levantar a discussão sobre a maternidade e a paternidade dentro do universo da Ciência do Brasil.

Na apresentação do GT, Diana Junkes comentou que, se os desafios já eram grandes e diversos para as mulheres antes da pandemia, após o surgimento da Covid-19 uma série de outras dificuldades apareceram e precisam ser consideradas. “Em todo o mundo, falando especificamente da questão da pesquisa, a produção das mulheres caiu porque não foi possível administrar a agenda doméstica e a vida profissional durante a pandemia. Há várias nuances e embora a questão da maternidade salte aos olhos, outro fator importante é que na maioria das vezes é a mulher que atua como cuidadora de algum doente/idoso na família. Desse modo, é importante ressaltar que as desigualdades de gênero permeiam todas as mulheres, não apenas as mães, mas aquelas que não são mães, as que sofreram aborto, aquelas que adotam crianças e é um dever de toda a sociedade dirimir tais desigualdades. Do ponto de vista da universidade, é fundamental criar meios para que as mulheres enfrentarem essa realidade da melhor maneira”, alerta a coordenadora do GT.

Em sintonia com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente o ODS 5, a dirigente também ressaltou que o combate à desigualdade de gênero não se dissocia do enfrentamento à desigualdade racial. “Nós sabemos que a situação das mulheres negras e das mulheres indígenas é ainda mais grave, porque elas são alvo de uma forma muito mais contundente. Todos esses desafios enfrentados reivindicam políticas institucionais de amparo, não no sentido de assistencialismo, porque não é um favor, mas no sentido de redução das assimetrias e garantia de direitos”, afirmou Diana.
Em breve, toda a comunidade da UFSCar será convidada a participar para que o GT tenha representatividade e efetivamente possa pensar ações que promovam a igualdade de gênero dentro da Universidade, em caráter formativo. “Não existe sociedade justa se não houver igualdade de gênero. Sem esse diálogo, não será possível compreender de forma ampla todos os níveis de problemas e desafios. São vários os esforços que têm sido feitos pela gestão e as ações que mostram quão importante é essa pauta pela igualdade. Me sinto animada e honrada com a perspectiva de construção desse trabalho, juntas pela UFSCar”, concluiu Junkes.

Além da Pró-Reitora de Pesquisa, de Mariana Pezzo, da Secretária Geral Natália Stofel, da SAADE, e das professoras Lígia Menossi e Andrea Ferro, o GT “Mulheres na UFSCar”  conta, neste momento inicial, com a participação das pró-reitoras da UFSCar Luciana Coutinho, de Graduação, Ducinei Garcia, de Extensão, Edna Hércules Augusto, de Administração, Jeanne Liliane Mariene Michel, de Gestão de Pessoas, Gisele Zutin, de Assuntos Comunitários e Estudantis, e pretende congregar, gradativamente, mais pessoas da comunidade. Mais informações pelo e-mail dijunkes@ufscar.br.

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ProACE realiza reunião aberta sobre a Bolsa Auxílio Alimentação e o funcionamento dos Restaurantes Universitários

Nesta terça-feira, às 19h a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE) realiza uma reunião aberta sobre a migração das bolsas alimentação emergencial (BAE I e II), criadas no contexto da pandemia, para a modalidade de auxílio alimentação emergencial, já consolidado antes da pandemia e que compõe um dos benefícios incluídos no Programa de Assistência Estudantil da UFSCar.
Na ocasião também será apresentada a relação entre os auxílios na área da segurança alimentar e assistência estudantil e sua relação com o funcionamento dos Restaurantes Universitários nos 4 campi.
Para participar da reunião aberta é necessário preencher o formulário (disponível neste link) para que o link da reunião seja enviado por e-mail cadastrado.

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Relatório de 10 anos do Programa de Ações Afirmativas destaca promoção da equidade

Imagem da fachada da Área norte da UFSCar

Aprovação do documento reitera compromisso com a transformação da Universidade (Divulgacão)

A UFSCar foi pioneira na aprovação e implementação de seu Programa de Ações Afirmativas, em 2007, cinco anos da Lei Federal 12.711, conhecida como “Lei de Cotas”, que instituiu a reserva de vagas como política pública nacional aplicada a todas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Assim, a Instituição começou, a partir de 2007, a dar passos muito importantes rumo a uma universidade realmente diversa, justa e democrática.

Esse legado, construído a base de muito estudo e de debates plurais, está retratado no Relatório de Avaliação dos 10 anos do Programa de Ações Afirmativas e do Ingresso por Reserva de Vagas (2007-2017), apreciado e aprovado pelo Conselho Universitário em sua 248ª Reunião Ordinária, realizada na última sexta-feira (30/4).

Ao apresentar a pauta, a Reitora Ana Beatriz de Oliveira salientou sua alegria e emoção em presidir a reunião. “Estou na UFSCar desde 2000 e pude vivenciar toda essa transformação que faz a Universidade se tornar cada vez mais diversa, constituindo-se em um espaço representativo que se aproxima da realidade brasileira. O que vimos ser apresentado nesta reunião nos dá mais força para defender as políticas de ações afirmativas para que sigam sendo uma política pública, permitindo às universidades se consolidarem como o lugar da convivência das diversidades e fortalecendo uma formação cidadã e plural”, disse.

Construído a partir da análise das concepções estruturantes do Programa de Ações Afirmativas da UFSCar, do impacto do Programa para a vida acadêmica na UFSCar e da proposta permanente de sua avaliação, o estudo foi desenvolvido por uma comissão composta por discentes, docentes e técnico-administrativos e coordenada pela Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE).

A partir da apresentação do Relatório, foi aprovada a criação de uma Comissão Permanente de Avaliação do Programa de Ações Afirmativas e do Ingresso por Reserva de Vagas, a ser instituída no âmbito da SAADE. Também foi deliberado que deverá haver aprimoramento das ferramentas de coleta e análise de dados sobre ingresso e sobre indicadores acadêmicos e de permanência estudantil; a operacionalização de diretrizes que já constam na Política de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFSCar; e a criação de portal de egressos para acompanhamento de suas trajetórias após a conclusão da sua formação.

“Tão importante quanto garantir o acesso de todos e todas à Universidade é assegurar a sua permanência e, para isso, faz-se fundamental o compromisso com o acolhimento integral do estudante”, explicou Natalia Rejane Salim, docente do Departamento de Enfermagem (DEnf) e Secretária da SAADE.

A avaliação permanente do Programa foi vista como fundamental pelos conselheiros, assim como o trabalho formativo com a comunidade interna para uma mudança cultural voltada a que todos compreendam o processo de inclusão e sua importância para a transformação da sociedade.

Na reunião, Maria Sílvia de Assis Moura, docente do Departamento de Estatística (DEs) e integrante da comissão que coordenou os trabalhos, apresentou a avaliação quantitativa dos 10 anos do Programa de Ações Afirmativas, com destaque para dados referentes aos critérios de classificação dos ingressantes e ao desempenho dos discentes das diferentes modalidades de ingresso na UFSCar de 2008 a 2016.

“Diante dos dados, fica claro que não há diferenças relevantes entre as trajetórias dos estudantes em relação a modalidade de ingresso, desempenho e evasão. Porém, reitero que precisamos intensificar os cuidados com o Programa e com esses estudantes, para seguirmos alcançando seu propósito, que é o de fazer da UFSCar um espaço cada vez mais acolhedor e diverso”, defendeu Moura.

Na sequência, a docente do Departamento de Psicologia (DPsi) Maria Stella Coutinho de Alcântara Gil, que foi Vice-Reitora e, depois, Reitora da UFSCar no momento da elaboração e instalação do Programa, coordenando a comissão de elaboração, fez um detalhado relato sobre o início do processo e todo seu histórico, evidenciando o pioneirismo da UFSCar em adotar essas políticas.

“Foi um período de amplo e intenso debate e manifestações na Universidade e os órgãos colegiados tiveram um importante papel tanto na construção quanto na aprovação do Programa. O relatório nos deixa claro que precisamos preservar as conquistas e ampliar o alcance da democratização, acesso e permanência dos estudantes em todos os níveis de formação, com o planejamento de permanência, avançando na institucionalização das ações afirmativas”, destacou.

Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, Professora Emérita da UFSCar, referência nacional na área de educação das relações étnico-raciais e também integrante da comissão de elaboração do Programa de Ações Afirmativas, esteve presente à reunião do ConsUni, durante a qual foi cumprimentada reiteradas vezes pelo recente recebimento do título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do ABC (UFABC).

“O trabalho para constituir a política foi de muita paciência e de um avanço de cada vez para conseguir construir os argumentos para que a comunidade universitária pudesse compreender a relevância desse movimento para corrigir distorções históricas de desigualdade social e abrir as portas da Universidade para que se tornasse um espaço democrático, composto pelas pessoas de baixa renda, negras, indígenas e com deficiência, que sempre estiveram sub-representadas no ambiente universitário”, destacou.

“Vida longa para as ações afirmativas. Que continuemos avaliando e aprimorando o Programa para que a UFSCar seja um ambiente cada vez mais diverso e acolhedor para todos e todas”, concluiu.

O Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE) Djalma Ribeiro Junior destacou a mobilização da ProACE juntos às entidades externas através de manifestos em defesa da continuidade da Lei 12.711 que será alvo de debates por conta da sua revisão 2022.

“Diante do cenário que temos, de ataque às universidades e cortes no orçamento, sabemos que será desafiador esse debate, mas é nosso dever manter o tema das Ações Afirmativas sempre em pauta para que elas sejam não somente mantidas, mas também fortalecidas”, destacou o Pró-Reitor.

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